É perceptível o quanto o mercado de franquias está crescendo cada vez mais no país. Em 2020, o segmento faturou 167,1 bilhões de reais, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). As conhecidas redes home based, cujas operações não exigem que o franqueado tenha uma loja ou escritório, permitindo que se trabalhe em casa, por exemplo, estão entre as que mais cresceram na pandemia. Isso porque elas garantem mais comodidade e uma maior flexibilidade quanto a horários e tarefas, características que passaram a ser levadas em consideração após a crise sanitária.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising, em 2020, esse segmento respondia por 7,1% do total de franquias no país e em 2021 passou a representar 10,3%. As microfranquias também tiveram uma ótima aceitação, pois são conhecidas por terem investimentos iniciais que não ultrapassam R$105 mil e são mais fáceis de investir. Comprova-se então que esse setor foi e está sendo um grande impulsionador para novos negócios, afinal, empreender sozinho e do zero não é uma tarefa fácil.
O que poucos sabem é que essa ascensão tem sido vista também fora dos pólos econômicos do Brasil, empresas com sede no interior e no litoral do Estado de São Paulo, por exemplo, já contam com 198 redes de franquias, com mais de 15,8 mil unidades espalhadas em todo o país. Ao meu ver, a pandemia teve um grande impacto nesse aumento, principalmente porque muitos dos residentes e empreendedores dessas localidades precisavam vir até a cidade grande para trabalhar. Com a taxa de desemprego em alta, a alternativa foi investir próximo a sua moradia.
Além disso, nessas localidades o custo de vida é mais baixo, o que facilita na abertura de empresas, sem contar que a concorrência também é menor, pois em muitos lugares algumas redes de franquias mais famosas estão chegando apenas agora. Sempre há espaço para produtos diferenciados e principalmente para aqueles que já são destaque nos pólos econômicos, as redes alimentícias ganham cada vez mais notoriedade e são sempre as principais apostas dos empreendedores.
Outro ponto importante a ser comentado é que devem ser questionados algumas coisas como: O produto ou serviço que vou vender possui mercado consumidor onde desejo instalar a franquia? O franqueado terá como abastecer a unidade?. Essas são duas questões muito importantes, visto que muitas franquias que ficam distantes da sede, se sentem mais desamparadas.
Mesmo assim, acredito que esse tipo de investimento continuará sendo uma ótima opção para movimentar a economia de cidades menores e também ajudar os empreendedores que se viram em um cenário completamente diferente depois da pandemia voltar à normalidade. O mercado de franquias é muito grande e existem diversos segmentos para se trabalhar, o primeiro passo é compreender o que faz sentido em cada região e o que pode ser benéfico para cada profissional.
*Renato Alves é Diretor de Expansão da Bicalho Consultoria Legal, empresa especializada em migração, internacionalização de negócios e franquias
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