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Após investir em três negócios, empreendedor conta quais são os desafios de mudar de setor

Paulo Yossimi já esteve à frente de uma empresa de ingressos digitais, um restaurante e uma sorveteria

Após investir em três negócios, empreendedor conta quais são os desafios de mudar de setor
Outros Artigos Publicado em 25 de Junho de 2019 às, 12h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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Trocar de segmento não é uma tarefa fácil. É preciso ter muito planejamento para deixar um negócio e investir em outro. O empreendedor Paulo Yossimi já passou por essa experiência três vezes. Esteve à frente de uma empresa de ingressos digitais e de um restaurante. No entanto, foi com a Nhô Sorvetes que ele achou o seu modelo de negócio ideal. "Apostar em um novo mercado não é uma decisão para ser tomada de um dia para o outro. É preciso identificar as oportunidades para vermos se é a hora ou não de "pular do barco", diz o empresário.

Em 2011, Yossimi fez sua iniciação no mundo do empreendedorismo com uma empresa de ingressos digitais. "Foi um momento difícil, pois não tínhamos muito conhecimento." Surgiu, assim, um grande desafio: fazer a inauguração do Instituto Neymar Jr, em Santos. "A inauguração era próxima do Natal e tivemos muita dificuldade para encontrar catracas para instalar no local", diz. No entanto, o empreendedor fez algumas parcerias e, no final, deu tudo certo.

Seu negócio é escalável?

Apesar desses projetos, a empresa não decolava financeiramente. "Percebi que essa empresa não era escalável e decidi mudar", explica o empreendedor. Para ele, essa é uma dica importante: um negócio tem que ser rentável. Caso não seja, é preciso repensá-lo.

Foi almoçando no Mineiro Delivery, de São José do Rio Preto (SP), que teve o insight para o segundo negócio. O restaurante é especializado em servir, em caixas, pratos tipicamente brasileiros. "A comida de lá era muito boa, pensei porque não transformar o negócio em uma franquia", diz. Ele, então, levou a ideia para os dois irmãos fundadores do restaurante, Gabriel e Marlon Ventura e acabou se tornando sócio da empresa, que cresceu consideravelmente.

Fique de olho nas oportunidades

Esse é bom conselho para os empreendedores. Yossimi diz que mesmo estando em um negócio estável, como o Mineiro, estava atento ao mercado. "Um dia fui cortar o cabelo e um amigo me disse que tinha um negócio bom para mim", conta o empresário. Ele estava falando de um quiosque de sorvete que trabalhava com produtos soft, aqueles mais leves, não tão gelados. "A operação era muito simples, era só colocar o líquido que saia o sorvete", diz.

Apesar de estar em um negócio consolidado, o empreendedor decidiu apostar em uma nova empresa, pois viu nisso uma oportunidade para crescer. "Não foi fácil tomar essa decisão, procurei algumas consultorias financeiras e fiz um planejamento de investimento. Fiquei um ano pensando e três meses planejando minha saída do Mineiro", explica.

Em 2017, nasceu a Nhô Sorvetes. No começo, ele teve dificuldades para se adequar ao mercado. Quando expandiu para franquias, o desafio era entender qual era o perfil do seu investidor. "O franqueado da Nhô sempre pensou em liquidez, já que o investimento inicial é muito alto. Só a máquina de sorvetes custa, em média, R$ 60 mil", diz.

Para isso, o empreendedor investe em diversas estratégias para atrair os clientes e franqueados. "Recentemente, compramos uma máquina que injeta o recheio direto no sorvete. Por exemplo, o produto já saí com os MMs ou granulados". Isso nenhuma rede tem no Brasil", afirma o empreendedor. Para Yossimi, a inovação agrega valor ao produto, além de tornar o trabalho dos funcionários mais rápido.

A franquia também fez uma parceria com a marca Dadinho. A Nhô produz duas versões da sobremesa com o doce, que lembra a infância: São elas: o milkshake e o Nhô-mix (versão no pote). As duas levam pasta de dadinho e - no caso da segunda - versões em miniatura do doce por cima. Atualmente, a rede possui 11 unidades abertas e 22 em implantação. Até o final de 2019, a franquia espera fechar o ano com 50 unidades e com o faturamento de R$ 15 milhões. "Eu vejo que o mercado de sobremesa tentou se reinventar, mas muitos produtos não foram para a frente, saíram de moda. Eu ainda acredito que o melhor caminho é ter um atendimento de qualidade", diz o empreendedor.

 

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