Ainda que a legislação vigente não exija que as redes de franquia possuam em seus negócios o Consultor de Campo (observe que a lei 8955/94, exige que você mencione se oferta ou não este “serviço”, mas não reza que ele seja obrigatório caso você não deseje ofertar), a existência deste profissional além de ser um diferencial competitivo na decisão do franqueado para escolha de que franquia irá contratar, torna-se uma ferramenta de gestão muito importante.
O Consultor de Campo recebe no mercado diversas denominações, tais como: supervisor de lojas, supervisor de franquias, supervisor de campo, consultor de negócios, consultor comercial, gerente de negócios, gerente de contas e outras que a criatividade permite ao mercado. A denominação mais comum é a de Consultor de Campo ou Consultor de Franquias.
O profissional que atua como Consultor de Campo, fundamentalmente tem como papel, ser o elo entre o franqueador e o franqueado, ao mesmo tempo que leva as ideias e objetivos do franqueador para que possa supervisionar, avaliar, orientar e motivar seu grupo de franqueados, também é um ouvidor de seus franqueados para que possa retornar ao franqueador o que pode ser melhorado, os anseios e percepções da rede, desta forma, ainda que no sentido de ser apoiador no cumprimento das estratégias traçadas pela empresa, deverá ter discernimento e visão crítica para entender se estas estratégias, na “ponta”, são adequadas.
A atribuição do Consultor de Campo vai muito além de meramente preencher um check list, ferramenta necessária a seu trabalho, mas primária dentro da complexidade de suas funções, que podemos entender como:
• Consultoria: deverá sempre identificar e discutir formas de alcançar melhores resultados no grupo de unidades sob sua responsabilidade. Para tanto deverá utilizar-se de planos de ação, benchmark, ferramentas de marketing, métricas de performance, etc;
• Inovação: pesquisar e desenvolver novas ideias para a rede, sempre alinhado com a estratégia da franqueadora;
• Capacitação: é um professor: deverá sempre buscar otimização de processos através do ensinar a trabalhar melhor. Suas ferramentas serão qualidade de relacionamento, vídeos, exemplos de outras redes, simulações, etc.
• Auditoria: não deixa de ser uma parte de seu trabalho fiscalizar e avaliar se os padrões e processos definidos pela franqueadora estão sendo aplicados.
A formação acadêmica do profissional que exercerá o papel de consultor de campo, pode variar de uma rede para outra, pois em alguns casos , pode se exigir que tenha conhecimento técnico na área de alimentos, arquitetura, engenharia ou outros. Em geral, é mais comum que tenhamos pessoas com formação em administração e marketing atuando nesta profissão. Sua experiência também pode variar, no entanto, pendor para atuar como multiplicador de ideias e instrutor e conhecimento de varejo, tornam-se grandes diferencias no desempenho de suas atribuições.