A estabilização da economia brasileira e os frutos que os habitantes do País têm colhido por conta desse evento podem ser notados por todos os setores do franchising. Atrelado a esse movimento, veio a melhora da condição econômica e da renda dos brasileiros, fazendo surgir o movimento de conscientização da população com a sua estética pessoal, ampliando seus investimentos com saúde, beleza e bem-estar.
Alinhado ao comportamento de compra mundial, o cenário passou a contribuir com os avanços nas técnicas de tratamentos, muitos deles atrelados a inovações tecnológicas mais eficientes e indolores e tudo mais acessível para os brasileiros, entre elas, os procedimentos e exames odontológicos digitais, a depilação a laser e à luz pulsada etc.
De acordo com a Brazilian Health Devices, de 2003 a 2010 o faturamento do setor aumentou quase 200% no País, chegando a US$ 4.791 bilhões em 2010. Um dos maiores mercados do mundo no setor, o Brasil pode crescer ainda mais.
Esse panorama é benéfico para os empreendedores cuja formação foi focada na área da saúde. Hoje em dia, atuar em hospitais públicos, alternando-se entre dois ou mais empregos ou seguir carreira por meio dos concursos públicos não são mais as únicas opções disponíveis. O crescimento da conscientização e procura por esses tratamentos estéticos e de saúde bucal desencadeou no surgimento e na procura pelas franquias do setor, cujo modelo de negócio pode ser facilmente replicado.
As redes possuem estruturas de alto giro, especializadas em atender a grandes volumes de pacientes. Isso acontece, pois, o franchising é pensado de modo a atingir altos volumes, ou seja, o surgimento de redes focadas na área da saúde acabam contribuindo para atender essa pujante demanda da população.
É círculo virtuoso: impulsionadas pelo poder de consumo, as franquias de saúde também se beneficiaram da necessidade de tratamentos. Como exemplo, podemos citar a alta demanda pelas clínicas dentárias, em função de toda a mudança da renda. Antes os brasileiros não possuíam o hábito e nem as condições financeiras para frequentarem essas clínicas, mas agora passam a buscar os serviços odontológicos, abrindo grandes chances para os profissionais da área (dentistas, ortodentistas, cirurgião-dentista etc) a se tornarem franqueados em suas áreas de atuação, a saúde.
De qualquer forma, mais importante do que possuir especialização em áreas específicas, é ter afinidade e sinergia com as marcas escolhidas. Caso sejam dentistas, esses empreendedores poderão cuidar das áreas técnicas, importantíssimas para o negócio. Porém, aqueles que não possuem formações específicas na área da saúde concederão maior atenção para a gestão, essencial para o bom funcionamento de toda franquia.
O essencial é identificar-se com o negócio, ter espírito servil e grande habilidade em se relacionar com os demais, bem como tempo disponível para a gestão do negócio. Esses requisitos são primordiais a qualquer empreendedor, mas de extrema importância para o franchising, já que, os futuros pacientes, o negócio e a própria rede precisam estar com a saúde e a vitalidade em dia.
Hugo Rosin é diretor executivo da DVI Radiologia, cirurgião-dentista formado pela FORP-USP, especialista em radiologia pela FOP-UNICAMP e especialista em ortodontia pela FOAR-UNESP.