É cada vez maior a percepção dos empresários de que as chances de um negócio obter sucesso aumentam consideravelmente quando se adota o modelo de franchising. Escapar das estatísticas segundo as quais cerca de 70 a 80% dos empreendimentos falham nos primeiros anos é, portanto, o primeiro motivo para seguir nessa direção.
A causa alegada para o fracasso costuma ser a inexperiência, somada a deficiências na capacidade de gestão e de investimento. Assim, de saída, a franquia parece ser a melhor opção, principalmente no que toca à estruturação do negócio e por oferecer um modelo operacional previamente aprovado pelo mercado.
No Brasil, essa tendência já está consolidada. O mercado de franquias é um dos que mais se desenvolveu ao longo da última década, acompanhando o setor de serviços. O faturamento cresce a taxas de dois dígitos desde 2005 e deve alcançar a marca de R$ 100 bilhões em 2012.
Com resultados tão expressivos, o Brasil ocupa hoje o quarto lugar mundial em número de unidades, com 2.031 – atrás apenas de Coreia do Sul, Estados Unidos e China, segundo o World Franchising Council (WFC).
Não é difícil entender as razões que tornaram essa modalidade tão atrativa para o empresariado nacional. Vamos elencá-las brevemente neste espaço. A primeira delas, referida anteriormente, diz respeito a operar em um sistema já testado.
São evidentes os benefícios do franqueado poder dispor de uma marca já conhecida e que goza de boa reputação. Essa é uma vantagem competitiva que faz com que, ao contrário do índice de falha de empresários independentes, a taxa de mortalidade desse tipo de negócio na última década seja de baixíssimos 3% ao ano.
Outro fator impulsionador é o apoio e a orientação fornecidos pelos franqueadores. A existência de um plano empresarial, também conhecido como plano de vôo, é fundamental para poder lidar com as constantes mudanças políticas e econômicas que ameaçam a sobrevivência. Com ajuda de um franqueador competente fica mais fácil ao empreendedor se instalar e expandir com menor risco financeiro.
Os franqueados podem ainda contar com uma economia de escala, pelo fato de realizar compras em rede, que diminuem os custos da matéria-prima, aquisição de máquinas, equipamentos e instalações, aproveitando-se dos canais de distribuição e logística existentes.
Além disso, planejamento e pesquisa, orientações e desenvolvimentos de novos produtos ou aperfeiçoamentos ficam sob a responsabilidade do franqueador, que fará todos os testes em sua unidade, antes de lançá-los na rede.
Por tudo isso e muitos outros fatores que poderíamos citar, como o caso de proporcionar autonomia jurídica e financeira ao franqueado, o modelo de franquias tem alcançado níveis cada vez maiores de aceitação e êxito na aplicação. Apesar de não ser totalmente isento de riscos, como qualquer outra atividade, é sem dúvida algo que a experiência comprova que vale a pena investir em tempo e esforços.