Muitos brasileiros moradores do eixo Rio-São Paulo não têm ideia das mudanças em curso neste país. Novos mercados estão surgindo em áreas até pouco tempo ignoradas ou que não passavam de rincões distantes e fadados ao ostracismo. Uma recente matéria da revista Exame deixa claro que as regiões Norte e Nordeste começam a crescer em participação no consumo nacional num vigor maior que nas demais regiões, onde o consumo que está diminuindo, sendo a Sudeste a de maior retração. Outro dado interessante são as cidades do interior e das regiões metropolitanas, onde os índices de consumo crescerão mais do que nas capitais. Ainda segundo a revista, seremos até 2020 o quinto maior mercado do mundo, representando R$ 3,5 trilhões o consumo das famílias brasileiras.
Diante destes dados reveladores, cidades como Arapiraca em Alagoas, Paulista em Pernambuco, Parauapebas no Pará, Juazeiro do Norte no Ceará ou Linhares no Espírito Santo começam a fazer parte do plano das redes varejistas. Estes são exemplos de cidades que se encaixam nas percepções citadas no início do texto, mas são também exemplos de cidades brasileiras onde o consumo mais cresce. Não por coincidência, são cidades que já receberam seus primeiros shoppings centers (ou estão em processo de receberem em breve). Os empreendedores de shopping centers por sinal já estão completamente atentos a estas mudanças na geografia do consumo e já estão investindo.
Calcula-se que cerca de 140 empreendimentos comerciais estejam em construção neste país para inaugurarem nos próximos 4 anos. É um número recorde. Cerca de 60% destes shoppings estão sendo inaugurados em cidades do interior, afirmando a tendência de interiorização do consumo. Estes estabelecimentos serão fomentadores de novas redes varejistas e franquias na cidade, criando uma competição entre lojistas locais e tradicionais. Imaginem o impacto que um shopping center provoca numa cidade de interior ao receberem seu primeiro centro comercial?
Portanto, o momento nunca foi tão importante para as grandes redes de varejo e franquias quanto agora.
Aqueles que planejarem uma expansão para os próximos anos considerando estes novos mercados e investirem na abertura de novas lojas, podem perfeitamente consolidarem sua presença na região e ganharem a preferência dos consumidores. É portanto a hora de fincarem bandeiras.
