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A experiência do cliente no food service vai muito além do serviço bem feito

Gare Marques, co-fundador e diretor de marketing da Mais1.Café, fala sobre o atendimento no foodservice em seu artigo

A experiência do cliente no food service vai muito além do serviço bem feito
Flávia Denone Publicado em 05 de Novembro de 2024 às, 08h00. Atualizado em 05 de Novembro de 2024 às, 08h00.

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Com a estimativa de crescer 7% em todo o mundo até 2028, segundo um levantamento da Redirection International, o segmento de food service torna-se propício para a chegada de novos investidores, com variedades de negócios para fomentar o setor. Entretanto, para alcançar este índice, é necessário unir fatores primordiais para quem está na ponta final deste mercado, mas que deve ser tratado como o centro de todas as atenções: o cliente.

Sabor e qualidade são essenciais para manter os consumidores satisfeitos, ainda mais com uma busca sensorial por experiências que os clientes apresentam no dia a dia dos estabelecimentos. Segundo a pesquisa National Restaurant Association, 52% dos consumidores gostariam de melhorias no atendimento ao cliente. Também, outro ponto observado no segmento é o aumento de demanda para os recursos digitais, que apontam que 67% da jornada de compra está totalmente digitalizada. Assim, com um mercado que se abre para a chegada de tendências e de tecnologia, é necessário valorizar cada vez mais as percepções dos consumidores sobre o contexto de cada estabelecimento.

Diante do desafio de ir além do bom atendimento, o food service investe em conveniência, que cumpre a máxima do “útil e agradável”, mas com uma pitada de sofisticação e indulgência cotidiana. Conceitos como comfort food, experiências temáticas e múltiplas jornadas entram no vocabulário do empreendedor para alcançar os desejos de quem está do outro lado do balcão. Por isso, é necessário agregar o novo, mas sem perder os valores do que sempre deu certo em estabelecimentos antigos.

Por exemplo, os clientes querem continuar encontrando sabores memoráveis, preços acessíveis e condições que aumentem o ticket médio de compra, mas também, no contrapeso da balança, eles querem voltar a se sentirem cada vez mais abraçados na hora de consumir aquele produto. Por isso, é essencial compreender que o ato de comer não é um processo isolado de quem compra, mas é visto como um processo de agregação do produto à vida de quem o leva para a casa, trabalho, escola e qualquer outro espaço.

Outro aspecto importante a ser considerado dentro do mercado de alimentos é a ideia de know how do produto. Quando conseguimos tornar os consumidores em especialistas da marca ou do tipo de produto, entregamos a eles a possibilidade de se apaixonarem e assim, serem embaixadores diretos daqueles sabores a partir do conhecimento que constroem sobre o que está à disposição. Desse modo, ao capacitar o cliente sobre o modo de preparo, sobre a cultura por trás da comida que ele consome, conseguimos assim conquistá-lo, o que resulta na fidelização deste consumidor.

Diante de todos esses desafios, entende-se que a experiência do cliente vai muito além dos smiles de totens de autoatendimento perguntando a satisfação sobre o produto ou serviço. Existe um movimento elementar para agregar mais valor às vivências que consideram as características mais simples do cotidiano, como ter um serviço agilizado, insumos e produtos de qualidade, praticidade, integração e processo de digitalização, mas sem perder a raiz do que atrai o consumidor. Por isso, é fundamental direcionar os olhares para como esse cliente se sente, como ele experimenta e ocupa o ambiente criado pelo food service, afinal de contas, é a garantia do bom serviço que traz o consumidor de volta. 

 

Gare Marques co-fundador e diretor de marketing da Mais1.Café

*Por Gare Marques, que é co-fundador e diretor de marketing da Mais1.Café, redes de cafeterias do Brasil, com 10 anos de experiência no setor de franquias. 

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