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Mulheres no comando: empreendedorismo e a busca por equidade

Amanda Ramalho faz sua estreia como colunista da Plataforma Sua Franquia e começa com um tema importante: liderança feminina

Mulheres no comando: empreendedorismo e a busca por equidade
Flávia Denone Publicado em 28 de Agosto de 2024 às, 08h00. Atualizado em 28 de Agosto de 2024 às, 11h00.

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Nesta semana, foi celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, uma data escolhida em homenagem à conquista do voto feminino nos Estados Unidos em 1920, que busca reforçar a importância da participação das mulheres em todos os espaços, especialmente na política.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), serão necessários 130 anos para que haja, de fato, uma igualdade de gênero. O ranking, que considera 146 países, coloca o Brasil na 57ª posição, uma melhora significativa em relação à 90ª posição ocupada anteriormente. Embora muitos avanços tenham sido feitos, eles ainda não representam plenamente o que desejamos para a sociedade. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE (2023), há 43,38 milhões de mulheres ocupadas, trabalhando ao menos uma hora completa na semana de referência da pesquisa. Contudo, esses dados não consideram a formalidade, a informalidade ou a remuneração.

O empreendedorismo feminino tem ganhado notoriedade ao criar uma verdadeira rede de capacitação e apoio às mulheres, proporcionando condições para o desenvolvimento de negócios. Um estudo recente divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostrou que a participação feminina no segmento de franquias teve um aumento de 11 pontos percentuais entre 2015 e 2014, representando hoje 57% do mercado. A mesma pesquisa indica uma forte presença feminina em posições de liderança (29%) e na liderança de operações (32,2%).

Esses dados indicam que, embora a igualdade ainda não tenha sido alcançada, iniciativas como o crescimento das redes mencionadas, programas de mentoria, o reconhecimento da capacitação feminina e a mudança nas dinâmicas familiares têm favorecido a inserção das mulheres no mercado.

Outro ponto relevante é o movimento de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), que faz parte da Agenda 2030 da ONU e das boas práticas sociais, ambientais e de governança (ESG), especialmente no que diz respeito à concessão de investimentos.

Para muitas mulheres, empreender não é apenas uma realização pessoal, mas uma necessidade imposta por uma realidade ainda marcada pela desigualdade, especialmente em relação à parentalidade e à vida familiar. No entanto, o empreendedorismo feminino tem se mostrado uma poderosa ferramenta de transformação. Além de proporcionar independência financeira, ele tem sido fundamental para que muitas mulheres rompam com ciclos de violência e construam um futuro mais seguro e autônomo. Esse movimento reforça a importância de continuar investindo em políticas e iniciativas que promovam a equidade de gênero, permitindo que mais mulheres alcancem a dignidade e a liberdade que merecem.

Amanda Ramalho

Amanda Ramalho, especialista em Direito Empresarial e Compliance. Com mestrado em Direito pela Universidade da Amazônia (UNAMA), Doutoranda em Direito Comercial pela PUC/SP.

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