A Pesquisa Trimestral realizada pela Associação Brasileira do Franchising (ABF), em parceria com a empresa de pesquisas AGP, aponta que o setor de franquias manteve, no terceiro trimestre de 2021, sua trajetória de recuperação registrada nos trimestres anteriores, agora de forma mais estável e até superando levemente o desempenho do mesmo período de 2019. Segundo o estudo, o faturamento no 3º tri de 2019 foi de R$ 47,203 bilhões, passou a R$ 43,954 bilhões no ano passado e chegou a R$ 47,385 bilhões de julho a setembro de 2021. A variação foi de -6,9% de 2019 para 2020 e de +7,8% para 2021. Do 3º tri de 2019 para o 3º de 2021, houve um crescimento de 0,4%.
Entre os segmentos de destaque está o de Saúde, Beleza e Bem-estar, que faturou mais de R$ 9,7 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2020. Esse índice é 19,8% maior frente a igual período do ano de 2019, antes da pandemia.
Entre os fatores que contribuíram para estes números estão a maior atenção aos cuidados pessoais durante a pandemia, bem como o fato de estes serviços terem sido considerados essenciais. Em muitos casos se percebeu uma corrida de clientes às clínicas de estética e consultórios dermatológicos em busca de um rosto perfeito e jovial. A permanência prolongada em casa serviu como motivador para muitas pessoas que já desejavam realizar procedimentos cirúrgicos, mas se preocupavam com um eventual longo tempo de recuperação, a buscarem médicos cirurgiões, uma vez que agora era possível passar por esse período e continuar trabalhando, do conforto de sua casa, sem comprometer a rotina.
Nesta esteira, redes ligadas ao segmento também apresentaram crescimento como é o caso das marcas Royal Face, rede de franquias especializada em harmonização facial e corporal a preços acessíveis e a Oral Sin, maior rede de franquias de implantes dentários do País, que vem apresentando um crescimento acima da média.
A Royal Face alcançou faturamento de R$ 42 milhões, o que corresponde a um incremento de 69% ante ao trimestre anterior. Em relação ao número de unidades inauguradas, foram 28. Já a Oral Sin, no terceiro trimestre, a cifra chegou a R$ 216 milhões, o que representa um incremento de 16%, chegando a 48 unidades inauguradas.
Segundo dados do Google, a procura por harmonização facial aumentou 250% e 80% o interesse por botox no rosto durante a pandemia. Por estar em casa, onde é possível fazer repouso e, em paralelo, tocar as atividades profissionais, houve uma corrida de pessoas interessadas às clínicas de estética e aos consultórios odontológicos.
Segundo a diretora da Comissão de Saúde e Beleza da ABF, Danyelle Van Straten, o segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar foi beneficiado pela mudança de comportamento das pessoas. "O desejo de estar bem consigo cresceu. Além da demanda reprimida, houve uma aceleração digital, que levou muitas marcas ao e-commerce. No período de pandemia, enquanto as empresas não podiam funcionar, a estratégia foi vender serviços com descontos. Essa ação, não só ajudou a manter as contas em dia como também, com a reabertura, garantiu fluxo de pessoas nas lojas e mais oportunidades de vendas", afirma.
Ainda segundo Danyelle, a prestação de serviço voltado a à beleza está mais em alta que nunca. Sentir-se bem depois de tantos acontecimentos ruins, é se sentir vivo. "Os novos modelos de negócios mais acessíveis estão seduzindo muitos empreendedores a migrar para o franchising. Em tempos de tantas mudanças, fazer parte de uma rede é um grande diferencial, é a força do ‘grande’ agindo localmente", completa.
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