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Angola atrai franquias brasileiras

Angola atrai franquias brasileiras
Sua Franquia Publicado em 21 de Junho de 2008 às, 20h56. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 02h59.

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A feira rendeu 3.249 contatos de negócios para as 41 empresas brasileiras presentes dos setores de construção civil, máquinas e equipamentos, veículos, alimentos e bebidas entre outros

Luiz De França

As empresas brasileiras do setor de franquia sabem que a busca por novos mercados não tem fronteiras. Por esse motivo, foram a Angola prospectar novos negócios na 24ª Feira Internacional de Luanda (Filda), realizada neste mês.

A Filda é a principal feira de negócios de caráter multisetorial do sudoeste africano, que abrange também mercados de países vizinhos como República do Congo, Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Gabão e Zâmbia. Segundo dados da Apex-Brasil, a feira rendeu US$ 5,5 milhões e a estimativa de negócios gerados para os próximos 12 meses é de US$ 34,6 milhões. Na opinião do gerente de relacionamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Rogério Feijó, esse é o melhor momento para se investir em Angola.

O país, devastado por 26 anos de guerra civil, começa a se erguer com os recursos da exploração de seus minérios (especialmente petróleo e diamante) e a se transformar em uma ""Babel"" de investidores externos. Segundo Feijó, o fato de o sistema de franquias agregar vários níveis de investimento e trabalhar com capacitação de pessoal pode significar uma alternativa para o crescimento econômico do país. ""A falta de mão-de-obra especializada pode ser minimizada com o treinamento que toda empresa de franquia dá aos seus funcionários"", afirma.

Depois de identificar os canais de comunicação existentes e conhecer os tipos de benefícios que o governo angolano tem oferecido, Feijó prepara um seminário para transmitir essas informações aos interessados em expandir suas marcas no continente africano. Para ele, algumas similaridades culturais, religiosas e climáticas com o Brasil facilitam a interação entre os dois países. ""Eles se identificam muito com o Brasil e consomem tudo o que vai daqui para lá"", conta. Talvez por isso o segmento de franquias já não seja novidade em Angola. Nos últimos 12 meses, dez marcas brasileiras desembarcaram no país. Entre elas estão a Richards, Bob´s, Mundo Verde, Fisk, Sapataria do Futuro, O Boticário, Mister Sheik, Werner Coiffeur, Green Moda Infantil e Livraria Nobel.

Para o consultor da unidade de acesso a mercados do Sebrae, Aristóteles Abreu Filho, a feira demonstrou o potencial comprador de Angola, representando oportunidades para todos os setores da economia, principalmente alimentação, vestuário, construção civil e suas cadeias produtivas na seqüência. O Sebrae foi convidado para divulgar o empreendedorismo, necessário para a reconstrução do país. ""Mais do que montar empresas, eles precisam montar negócios"".

Apesar de o grande número dos participantes da Filda ter sido formado pelas médias empresas, o coordenador da unidade de eventos internacionais da Apex-Brasil, Juarez Leal, acredita que a grande vantagem do mercado angolano diz respeito à real possibilidade de negócios para pequenas empresas brasileiras, com produtos direcionados à população de pequeno e médio poder aquisitivo. Segundo ele, há demanda para tudo, desde bens de consumo até instalação de parques industriais. ""Angola é um país muito promissor na África"", afirma Leal.

A feira rendeu 3.249 contatos de negócios para as 41 empresas brasileiras presentes dos setores de construção civil, máquinas e equipamentos, veículos, alimentos e bebidas, utilidades domésticas, decoração, bijuterias, confecções, calçados, móveis, produtos de limpeza e de serviços, tais como transporte marítimo e assessoria em comércio exterior.

Mesmo com pouca visitação de clientes potenciais, o setor moveleiro, representado por empresas de todos os portes das regiões de Ubá (MG), Linhares (ES), Negrinho (SC), Bento Gonçalves (RS) e Arapongas (PR), conseguiu fechar negócios de US$ 380 mil e garantir encomendas no valor total de US$ 2,4 milhões. Segundo a coordenadora do setor de móveis e membro do Grupo Gestor Brazilian Furniture, Heliane Martins de Souza Hilário, a feira é multisetorial e não foi destinada somente a lojistas, distribuidores e importadores.

 

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